sábado, 11 de junho de 2011

Twitaço e debate sobre #CodigoFlorestal no dia 13 de Junho

Programa especial para a internet será exibido ao vivo a parti das 20 horas.
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Apesar dos protestos da comunidade científica, de movimentos sociais, povos indígenas, religiosos, ambientalistas e de diversos coletivos e indivíduos da sociedade civil em todo o País, a Câmara aprovou a emenda substitutiva global 164 ao Código Florestal Brasileiro. O pacote de alterações, que será agora votado pelo Senado e depois segue para sanção ou veto da Presidência da República, reduz drasticamente as reservas legais de todos os biomas brasileiros, além de anistiar desmatadores ilegais que já cometeram graves crimes ambientais.
A real dimensão das consequências negativas sociais e ambientais da proposta de mudança do Código são omitidas pela grande mídia, sobretudo a televisiva, devido à notória coincidência promíscua entre aqueles que são os donos dos grandes latifúndios de terra e aqueles que são os donos dos latifúndios de concessão de ondas de rádio e TV. Universidades públicas encontram-se incapacitadas de promover o debate de maneira ampla e nacional devido a suas questões políticas internas, por sua falta de autonomia prática. A Unesp (Universidade Estadual Paulista), por exemplo, não promove o debate nem se opõe institucionalmente devido ao seu alto grau de comprometimento com a gigante das commodities transgênicas Monsanto, uma das principais corporações interessadas na destruição das florestas.
Assim, a questão do Código Florestal deixa explícito o quão distante as pessoas são mantidas das discussões e decisões importantes do país quando não é de interesse do grande Capital que as pessoas saibam da verdade sobre determinados assuntos graves. Para fazer o contraponto que mídia oficial e academia não podem fazer por estarem amarradas, estudantes de diversos cursos de três universidades públicas (USP, Unesp e Ufscar)se unem a coletivos de cultura e informação para a realização de um debate interativo sobre o tema numa experiência audiovisual totalmente independente, gratuita e em conteúdo livre.
O debate será transmitido por streaming graças a alunos de Comunicação Social e Sistemas de Informação da Unesp-Bauru contará com a presença de Pedro Henrique de Oliveira Zanette, aluno do curso de Eng Ambiental da USP, Colaborador da SAPA(Secretaria Academica Pró Ambiental), do MACACO(Movimento Artistico e Cultural do CAASO) e integrante do Comitê em Defesa do Código Florestal de São Carlos.
A aluna do curso de biologia da Universidade Federal de São Carlos, Daniela Bortoluzo de Lorenzo, ativista do NAPRA (Núcleo de Apoio às Populações Ribeirinhas da Amazônia) e do mesmo Comitê em Defesa do Código Florestal ajuda a esclarecer as dúvidas sobre a mobilização civil contra as mudanças da legislação que ameaçam as maiores riquezas do Brasil como as águas e a vida em toda sua diversidade.
Roney Rodrigues, autor da matéria “Os Contrastes da Cana”, da revista Caros Amigos do mês de março último ajuda a esclarecer a diferença entre produção de alimentos e produção de commodities. Na transmissão independente será lançado ainda um canal de vídeos sobre cultura independente e contra-hegemônica idealizado por alunos da Unesp.
Terei a honra de mediar o encontro que deve brincar com a ideia de “programa de TV caseiro”, marcando uma nova etapa da mídia independente contra hegemônica que agora além de texto, produz conteúdo audiovisual ao vivo e totalmente livre. Isso é qualquer blog ou portal ou emissora interessados em transmitir o programa está previamente autorizado.
Entidades estudantis e de ativismo pela liberdade da informação convocam para um twitaço da tag #CodigoFlorestal a partir das 19 horas da segunda-feira, para levantar o assunto novamente, compartilhando informações que não têm sido levadas à população em geral e incentivando o envolvimento e engajamento de todos no acompanhamento dessa questão.
Creio ser importante, aliás é fundamental historicamente, que nessa luta de “saci contra Golias”, ataquemos o monopólio da informação.

*Leandro Cruz é professor de História e historiador formado pela Unesp-Franca. Abandonou os cursos de Jornalismo (Unesp-Bauru) no último ano e de publicidade no primeiro (e não se arrepende nenhum pouco). Na adolescência começou a escrever em fanzines e web sites quando a internet ainda engatinhava. Foi repórter, editor de Opinião, editor do Noticiário Internacional, editorialista e colunista do Jornal Comércio da Franca (SP) entre 2005 e 2007. Escreve semanalmente no Jornal do Povo (Cachoeira do Sul-RS) a coluna Viagem no Tempo desde 2008. Mantém o blog Viagem no Tempo desde 2009. Em 2003 idealizou o primeiro comitê ciberativista contra a Guerra do Iraque, quando militante do movimento estudantil na Unesp-Franca usando as “armas” da época (ICQ, Email, MIRC). É ativista ambiental e por liberdade de informação militando dentro e fora da Internet.

4 comentários:

  1. Bela e pioneira iniciativa, que se alastre! Sucesso e avante!!

    Abração

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  2. é tipo o lobão só que mais bobo

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  3. "quero criar meus filhos no mato"

    hahahha, a mina é tipo o mogli

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  4. Excelente iniciativa....Vamos agir contra essa impunidade!!!

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