sexta-feira, 15 de julho de 2011

Aldo Rebelo ainda me deve a entrevista que prometeu

E a OAB-Ribeirão Bonito deve explicações à sociedade


Presidente da OAB de Ribeirão Bonito agride convidados durante palestra de Aldo Rebelo sobre o Código Florestal Brasileiro




por Leandro Cruz*
Ribeirão Bonito é um lugar bonito. Daquelas cidadezinhas agradáveis, com uma igrejinha bem graciosa. A localidade de pouco mais de 11 mil habitantes ainda não consta no Google Maps, mas fica no meio do estado de São Paulo, é, sobretudo, uma cidade cheirosa. O cheiro doce da cana de açúcar que domina o ar frio das noites de junho. Apesar da aparência, a cidade que compra de fora a maior parte de seu alimento não é pacata. Já existe por lá, por exemplo, a preocupação com a epidemia da droga 'oxi' que já começa a matar as pessoas da rua gelada e cheirosa.
Ontem, Aldo Rebelo (PCdoB), relator do projeto da emenda 164, que reforma o Código Florestal Brasileiro estava na cidade para proferir palestra sobre o tema em um evento organizado pela OAB 216a subseção, presidida por José Affonso Monteiro Celestino ( http://josecelestino.wordpress.com/ ). Três integrantes do Comitê em Defesa do Código Florestal – São Carlos (Eu, o estudante de Engenharia Ambiental da USP, Pedro Zannette; a estudante de Imagem e Som da Ufscar Natália) comparecemos para assistir à palestra. A presença de representantes do comitê já havia sido combinada anteriormente, como mostram os emails abaixo.

Nós três comparecemos pacificamente, sem tumulto nem mesmo manifestação. Queríamos ouvir ao vivo o lado da argumentação dos ruralistas. Somos contra as mudanças no código por todas as razões já elencadas em nossos panfletos, materiais didáticos e nesse blog. Simplesmente queríamos ouvir a palestra, e entregar aos demais espectadores um papel constando o endereço de nosso blog para que pudessem acessar e ver os argumentos do lado contrário às mudanças no Código caso se interessassem (veja abaixo o "panfleto" entregue pacificamente).

O cidadão Pedro deixou um desses papeis sobre a mesa do evento que acontecia no clube Primavera. No mesmo instante um homem grande que a princípio pensamos ser um "leão de chácara" do clube do local se aproxima agressivamente, agarra o estudante pelo pescoço e tenta tenta retirá-lo à força. A sequência de patética truculência continua com o suposto segurança empurrando convidados desarmados, tentando tomar a câmera de video dos membros do comitê à força. Não bastasse isso, o brutamontes de terno ainda agarraria a estudante Natalia, de 21 anos, à força, apertaria seu braço, arrancaria a garota à força do local da palestra e a empurraria violentamente, jogando-a para fora do local sem que a garota houvesse feito qualquer coisa contra as pessoas, a lei ou o evento.
Após ameaças e agressões contra nós, os a organização do evento chamou a Polícia para deter os três membros do comitê, a quem qualificaram como “manifestantes” e “baderneiros”. Três viaturas com policiais fortemente armados logo apareceram. Terminaríamos a noite na delegacia. Mas não seria na condição de acusados, poi nada fazíamos de errado ou inconstitucional. Iríamos para a delegacia como reclamantes, e registramos boletim de ocorrência contra o brutamontes cuja identidade secreta na verdade era:  José Affonso Monteiro Celestino, o presidente da OAB local, ligado aos produtores de cana-de-açúcar paulistas.
Além disso, o presidente da OAB de Ribeirão Bonito, que arrancou os estudantes e o professor à força do local, não permitiu que os mesmos retirassem seus pertences que haviam deixado dentro do salão, o que inclui o material didático que o Comitê, formado por pessoas de diversos setores da sociedade civil organizada, usa nas suas atividades em escolas de São Carlos.
O que eles têm a esconder? Por que não nos deixam ouvir? Por que a imprensa “convencional” não estava presente para cobrir esse encontro do topo da cadeia do açúcar e álcool com o relator da reforma do Código Florestal? Por que nós, que temos uma opinião diferente da deles, não podemos sequer ouvi-los para tentar entender o ponto de vista deles? Por que não podemos convidar as pessoas a ouvirem também o nosso ponto de vista? O que não querem que nós saibamos? E por que não nos deixam falar? O que eles têm a esconder?
Nós não temos nada a esconder, nada do que nos envergonhar. Somos só pessoas, brasileiros que se preocupam com essa questão tão importante para todos nós, cidadãos; todos nós do Brasil, iguais perante a lei. Porque não podemos conversar?
O fato é que não estamos sozinhos. Não somos três perdidos em um clube. Não somos uma centena em São Carlos. Somos milhões de cidadãos de uma Democracia. Cidadão brasileiros que querem participar democraticamente dos debates e decisões de questões importantes como o futuro do Planeta e do País que queremos; da Terra e do Brasil que deixaremos para todos aqueles que vierem depois de nós, nos próximos anos e séculos.
Por isso somos estudantes, professores, advogados, nerds, músicos, malabares, ONGs, militantes políticos, desempregados, professores, secundaristas, castanheiros, gente que trabalha para o Estado, para empresas, para a comunidade. Gente de diversas idades, raças, lugares, talento. Mas que está junto por que compartilha do sentimento de que o que estão para fazer com a Natureza é um crime escandaloso, e de que devíamos ver cumpridos nossos direitos constitucionais de liberdade de pensamento e expressão.
Por isso continuaremos pacíficos e não-violentos, usando só a Força da Verdade. Continuaremos escrevendo e indo a escolas e conversando no boca-a-boca. Falando a nossa opinião. Não revidaremos a violência. Mas toda essa gente (estudantes, trabalhadores, desempregados, professores etc.) vai mostrar e dizer a verdade sobre como aqueles que querem impor o novo Código Florestal em Brasília é que são violentos.
Vamos sim mostrar o outro lado das coisas em nossos blogs, mesas de bar, praças, escolas, de baixo de nossas árvores. Por isso eu peço a todos que ajudem a divulgar esse vídeo, para todos os setores da sociedade saibam que existe um outro lado, sim. Mas que querem calar. Por que?
Nesse blog, as pessoas continuarão publicando o lado que os grandões não mostram. É uma luta de saci contra Golias. Ajudem a divulgar. Não se calem. Informem-se sobre o Código Florestal, forme opinião. Divulgue nas redes, usem a tag #codigoflorestal para debater nacionalmente. Continue acompanhando o blog e façam blogs. É muito importante. É um apelo de um compatriota. Nesse momento, peço que assistam e divulguem esse vídeo e tirem suas conclusões. O Brasil tem direito à Verdade. E nós temos também muitos Direitos inclusive garantidos por nossa Constituição.
Aldo Rebelo prometeu uma entrevista para nós. Certamente ele há de cumprir a promessa que não pode ser feita na noite de ontem devido às agressões que sofremos.

*LEANDRO CRUZ, 28, é professor de História e historiador formado pela Unesp-Franca. Abandonou os cursos de Jornalismo (Unesp-Bauru) no último ano e de publicidade no primeiro (e não se arrepende nenhum pouco). Fazia fanzines quando moleque e web sites quando a internet ainda engatinhava. Foi repórter, editor de Opinião, editor do Noticiário Internacional, editorialista e colunista do Jornal Comércio da Franca ( http://www.gcn.net.br/home/index.php ) entre 2005 e 2007. Fez trabalhos como comentarista político na Rádio Difusora de Franca no período em que trabalhava no JCN. Trabalhou produzindo conteúdo freelancer para o site Campo News (portal Tem Mais http://www.temmais.com/ ) Escreve semanalmente no Jornal do Povo (Cachoeira do Sul-RS www.jornaldopovo.com.br ) a coluna Viagem no Tempo, desde 2008. Mantém o blog Viagem no Tempo  ( www.viagemnotempo.com.br ) desde 2009. Em 2003 idealizou o primeiro comitê ciberativista contra a Guerra do Iraque, quando militante do movimento est Unesp-Franca usando as “armas” da época (ICQ, Email, MIRC). É militante pelo direito à informação e membro do Comitê em Defesa do Código Florestal – São Carlos ( http://saocarlosemdefesadocodigoflorestal.blogspot.com/ )e colaborador do portal colaborativo Teia Livre ( www.teialivre.com.br )

Saiba mais sobre a postura da OAB Nacional sobre o Tema: http://www.oab.org.br/noticia.asp?id=21862

As aventuras de Bush Kid, o caubói do petróleo (2 e 3)

O investidor do ramo do petróleo Dick Cheney
(direita), que governou os Estados Unidos nos
primeiros anos da década, exibe troféu de caça
(Clique aqui para ler a Parte 1 da série)
Parte 2 
George Walker Bush nunca foi o homem no comando. A junta petroleira que governa os EUA tem na pessoa de Dick Cheney, o vice, o seu verdadeiro mentor. Cheney, chefe-executivo da gigante do petróleo Halliburton e também o homem forte dos negócios de extração de gás natural no Mar Cáspio da Unocal (Union Oil Company of California), achou uma ótima ideia formar chapa à presidência com o herdeiro alcoólatra de Bush Pai, sócio de longa data, investidor do ramo do petróleo, funcionário da família real saudita nas administrações de seus negócios na América. Os Bush também têm seus negócios com uma outra família bilionária saudita: os Bin Laden. Uma das empresas das quais a família é sócia é a bélica Grupo Carlyle, que fabrica armamentos de guerra e fornece para as Forças Armadas dos EUA.
Mapa mostra como só existem dois caminhos possíveis
para levar o gás Natural do Mar Cáspio ao Oceano
índico. Um deles é pelo Irã, o outro pelo Afeganistão 
Dick "Unocal" Cheney sonhava havia muito tempo com a construção de um gasoduto que ligasse o "seu" Mar Cáspio ao Oceano Índico. Como o caminho mais curto passa pelo fortemente armado Irã, a gangue que fraudou as eleições americanas de 2000 entendeu que passar pelo árido Afeganistão seria mais fácil. Acontece que os Talibãs, grupo fundamentalista islâmico que governava o país e havia sido aliado dos americanos contra os soviéticos nos anos 80, não estavam dispostos a colaborar tão facilmente com as corporações energéticas donas do governo dos EUA. Melhor pro Grupo Carlyle. Mas faltava um pretexto para gerar aceitação pública para uma guerra por interesses privados.
Tão logo Cheney, na pessoa de Bush, assumiu o poder, planos de invasão ao Afeganistão começaram a ser traçados. Mas faltava o motivo, que viria em setembro de 2001. De acordo com Gore Vidal (em seu livro "Sonhando a guerra" – Ed. Nova Fronteira), com Nafeez M. Ahmed (em "War on freedom: how and why America was attacked" – não lançado em português) e ainda com o jornal The Guardian, "Osama Bin Laden e o Talibã receberam ameaças de possíveis ataques contra eles dois meses antes das investidas terroristas contra Nova Iorque e Washington (…), o que levanta a possibilidade de que Bin Laden estivesse lançando um ataque preventivo em resposta ao que via como ameaças americanas” (The Guardian, 22 de setembro de 2001). A fonte do Guardian foi o diplomata paquistanês Niaz Naik.
Osama, que havia trabalhado para Washington durante a Guerra Fria, era também irmão do finado Salem Bin Laden, que por acaso foi sócio de George W. Bush no seu primeiro negócio no ramo do petróleo no Texas: a Arbusto Energy. Arbusto! Sim, ele traduziu seu nome pro castelhano (Shame on you!). De acordo com o Guardian e os outros analistas citados, Bin Laden, que além de milionário é também um fundamentalista islâmico, já tinha os atentados com aviões comerciais preparados para quando achasse mais oportuno ou "necessário". As ameaças americanas o teriam levado a ordenar o ataque.
Em 6 de agosto de 2001, a força tarefa formada pela CIA e o FBI entregou à Casa Branca um relatório sobre as intenções de Bin Laden de atacar os Estados Unidos em seu próprio território. No entanto, o governo Bush/Cheney não alertou o país nem aumentou o nível de segurança nos aviões e aeroportos. Quando os aviões foram sequestrados no fatídico 11/9, em vez de os caças da Força Aérea decolarem imediatamente para interceptá-los ou afastá-los de zonas habitadas, foi dada ordem para que não o fizessem. Os caças só alçaram voo após 3 mil pessoas morrerem.
Pronto, o governo dos lobbies energéticos tinha seu motivo convincente para invadir o Afeganistão. Derrubado o Talibã, quem seria providencialmente colocado como presidente do Afeganistão? Hamid Karzai, funcionário da Unocal. Tão logo ele assumiu, o gasoduto de Cheney começou a ser construído.
Bush, que até então tinha problemas de legitimidade (por conta da conturbada eleição no tapetão da Suprema Corte) e não conseguia aprovar nada no Congresso até então, saiu fortalecido. O Grupo Carlyle vendeu tantos blindados quanto pode ao Pentágono, enriquecendo ainda mais os Bush e os Bin Laden.

Parte 3 
Após a invasão em 2001, não chegou a ser difícil derrubar os Talibãs. Na guerra movida pelas megacorporações de gás e petróleo, tendo o governo dos Estados Unidos como avatar, apenas 17 mil homens bastaram para a tomada do governo oficial afegão pelas forças invasoras e aliados locais.
Ao lado de soldado americano que invadiu sua casa e matou
seu pai, criança iraquiana chora em 2004
Contudo, mesmo que o complexo de túneis das cavernas de Tora Bora tenha sido mapeado e redesenhado pela CIA (durante a ocupação soviética nos anos 80), Osama Bin Muhammad Bin Laden (suposto mentor do 11 de setembro) escapou. Os Talibãs caíram, Osama sumiu. O importante para a Unocal (de Dick Cheney) é que o gasoduto seria construído. Mas a coalizão das gigantes do petróleo queria mais, e tinha algo em mente.
As ligações comerciais entre os membros do chamado “governo Bush” eram antigas. A Halliburton de Cheney chegou a ter um petroleiro chamado Condoleeza Rice (em homenagem à “Secretária Arroz”).
Mas apesar de a Unocal, a Halliburton, a Chevron Texaco e suas outras irmãs serem tão íntimas da Arábia Saudita (de sua família real e de sua titânica reserva de petróleo de 261,8 bilhões de barris de petróleo), havia ainda o interesse pela segunda maior reserva de ouro negro do Oriente Médio, os 112,5 bilhões de barris sob o solo do Iraque. Para desgosto dos Bush e dos amigos da família, não havia uma boa desculpa ante o público americano para invadir a Mesopotâmia.
O ex-conselheiro antiterrorismo do governo, Richard Clarke, revoltado com os equívocos de seu chefe, foi à TV e revelou que a Casa Branca estava obcecada por Saddam Hussein e queria que a equipe de Clarke escrevesse um relatório ligando Saddam ao 11 de setembro, mesmo que não houvesse qualquer evidência para isso nem fizesse sentido algum do ponto de vista histórico.
Clarke revelou no programa 60 Minutes ( TV CBS) que o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, o pressionava para manipular os fatos. Clarke reafirmaria e detalharia tudo em seu livro "Contra todos os inimigos".
O ditador iraquiano não tinha tecnologia nem intenção para construir armas nucleares ou químicas para atacar os EUA. Mas, passando por cima dos relatórios da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU) e de seu então presidente, o egípcio Mohamed El Baradei (Nobel da Paz em 2005), o governo dos EUA invadiu o Iraque em 2003.
Rauch & Lang Eletric de 1915, carro elétrico construído entre
1905 e 1928. Pouquíssimas  unidades foram produzidas,
principalmente após 1915. Existem muitas coisas na história que
não querem que as pessoas saibam.
Após a morte de 30.163 civis (dado do dia 5 de novembro de 2005, às 11h20min, durante visita de Bush ao Brasil. Informações mais atualizadas em www.iraqbodycount.net), não há como negar que todo aquele teatro era uma mentira.
Saddam era de fato um tirano local, promovia assassinatos de inimigos políticos em massa (como a minoria curda e os xiitas). Essa passou a ser a justificativa para a invasão, mesmo depois de desmascarada a invenção da história das armas químicas. Mas se a motivação da beligerância fosse mesmo a tirania, Washington agiria para brecar o genocídio no Sudão. Ou interviria no Nepal para derrubar o fratricida rei Gyanendra (que na verdade é também aliado da Casa Branca).
Nas eleições de 2004 a grande contradição: de um lado George W. Bush, o cara que quando jovem usou das influências políticas de seu pai (que trabalhava na CIA) para se safar do serviço militar, mas como presidente convocou duas guerras em seu primeiro mandato. Do lado Democrata, indicam John Kerry, um veterano de guerra do Vietnã que falava contra o militarismo de Bush.
Para vencer a sua segunda corrida presidencial, Bush não precisou das artimanhas de 2000, bastou usar seu garoto propaganda: Osama Bin Laden.
Nunca o medo foi tão intensamente usado numa campanha política. As imagens das torres gêmeas sendo destruídas voltaram a se repetir e repetir na TV. Isso bastou para convencer o povo de que o militarismo de Bush (e a turma do petróleo) era mesmo a melhor opção.
O petróleo jorra e a liga das megacorporações energéticas sorri. Bombas explodem e os acionistas do Carlyle Group contabilizam os lucros.
As vítimas desse golpe de empresas contra governos e contra a verdade (manipulação da opinião pública) não são só os iraquianos e afegãos que tiveram sua terra invadida. O sofrimento também não ficou só com as famílias de jovens convocados para morrer e enlouquecer nesse teatro de guerra. Bush decidiu em 2001 não ratificar o protocolo internacional de Kyoto, que acordava a redução internacional das emissões de CO2 e outros gases causadores do efeito estufa. A substituição da matriz energética para outras formas mais limpas e menos impactantes (ecologicamente e em questões relativas à paz) é, sim, possível. Estão mentindo para todo o mundo por interesses de grupos verdadeiramente pequenos de pessoas.

SAIBA MAIS:
Sonhando a Guerra - Gore Vidal (Nova Fronteira)
Contra Todos os Inimigos – Richard Clarke (Francis)
11 de setembro – Noam Chomsky
A Era do Terror – S. Talbott e N. Chanda (Campus)
Stupid White Men – Michael Moore (Francis)
Gaia (trilogia) – James Lovelock

Bush acompanha Lula em visita a planta da Petrobras durante sua visita ao Brasil em 2005. Os textos publicados aqui e no Jornal do Povo em três partes com o título "As aventuras de Bush Kid" eram, na verdade, um especial sobre o histórico da Familia Bush e suas ligações com as megacorporações do petróleo que seria publicado no jornal Comércio da Franca em novembro de 2005, durante a visita do então presidente americano ao país. Por razões que até hoje desconheço, o texto foi proibido de ser publicado naquela ocasião pelo jornal paulista