terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Capitalismo: Religião Global. ( Download )

Imagem: tirinha de André Dhamer

Clique na imagem acima para baixar o PDF do livro

É complicado escrever no meu próprio blog sobre meu próprio trabalho.
Disponibilizo meu E-Livro que acabei de concluir para Download Gratuito para todos aqueles que quiserem.
Escrevi/organizei “Capitalismo: Religião Global” com muito carinho.
Orei e meditei. Estou convencido de que isso fez diferença. Estou consciente de que extremistas do racionalismo balançam a cabeça em desaprovação.
Esse livro não foi escrito por um historiador. Foi escrito por um ser humano.
"Você não é seu trabalho!"
Um ser humano que pensa sobre seu tempo, e que recorre à historiografia, à investigação do passado do ser-humano na Terra, para entender o seu tempo, e o que está além dele.
Mas, ainda assim, sou só um macaco (divino como os outros) sujeito a enganos, tanto aos meus próprios, quanto os dos outros ao me interpretarem, mediarem ou julgarem.
Então está aí. Pra ser o que o/a Inominável e Inadjetivável quiser. Tudo é dEle/a.
Quem quiser baixar, baixe; quem quiser imprimir, imprima; quem quiser criticar e ajudar o debate sobre as questões importantes que abordo, faça-o. Quem quiser divulgar divulgue-o.
Estamos em busca da Verdade.
Saber-se ignorante é um passo.
Os indianos tem uma parábola interessante sobre cegos de nascença apalpando um elefante.
Os gregos também tem um mito ótimo, sobre homens vivendo acorrentados em uma caverna e só enxergando as sombras projetadas na sua parede.
Paulo escreveu: "Pois nosso conhecimento é limitado, e limitada é a nossa profecia. Mas quando vier a perfeição o que é limitado desaparecerá. (...) Agora vemos como que em um espelho de maneia confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora o meu conhecimento é limitado mas, depois, conhecerei como sou conhecido" (1 Cor 13:9-10.12).
Esse trabalho que ofereço a Todos e ao Tod@ é resultado da investigação histórica, mas também da minha reflexão sobre nosso tempo. E quando escrevo "minha reflexão", sei que cometo o erro de arrogar-me a posse sobre algum pensamento. De quem é?
Posso dizer que sou um homem do meu tempo.
Mas ao mesmo tempo, em todos os tempos, sempre fomos o mesmo homem (e mulher).
Sou um homem escrevendo na areia.
No fim das contas, todos escrevemos na areia.
Esse livro não tem nem suporte físico.
Algumas pessoas podem imprimir... mas não será eterno... Pode acontecer qualquer coisa.
Existem fogueiras, existem bloqueios e blackouts da Internet. Existe o tempo, existe o vento, existem as ondas do mar.
Espero que o que houver de melhor e mais verdadeiro, para hoje e para sempre, fique, de alguma forma para além de mim e do texto. Desejo (e desejar já é um erro) que o que houver de engano (meu ou dos que interpretarem ou julgarem) seja dissipado.
Entrego à inexorável, fonte da Vida e da Esperança... Essa “Coisa” que a gente não sabe o que é... mas busca e é por ela movido.
Dedico às pessoas que conheci que me ajudaram na conclusão desse livro que, de certa forma, começou há muitos anos.
Dedico a todos aqueles que escreveram na areia; aos que escreveram no papel, pergaminho ou papiro e tiveram seus escritos queimados; àqueles que contaram histórias que deviam ser eternamente transmitidas oralmente mas um dia viram o legado imaterial sumir (ou se esconder).
Em todos os tempos, agora, antes e depois. Palavras ecoam mesmo quando não são mais ouvidas.
Fiz questão de falar sobre meu tempo e refletir sobre nossa Jornada Milenar sem dever explicações nem ao mercado, nem a nenhuma banca acadêmica, ou à aprovação da crítica ou de qualquer tribunal religioso ou ideológico que seja.
Que a verdade fique.
Fiz questão de ser ético e verdadeiro e sincero.
Recorri às fontes e ferramentas científicas da Historiografia, mas sem me cobrir com a falsa roupa de "senhor Supremo da Verdade" que muitas vezes meus colegas cientistas, igualzinho aos meus outros interlocutores religiosos, usam.
Deixei as pistas, links e referencias claras para quem quiser pesquisar a árvore genealógica desses pensamentos.
Posso ser questionado.
Esse livro é sobre questionar.
E sei que muita Verdade Verdadeira se movia em mim enquanto escrevia e compilava esse pequeno livro. O mais verdadeiro ali é meu desejo de conhecer a Verdade e amor a Ela, mesmo quando não a conheço.
E algo que meu coração, minha mente e demais realidades internas têm certeza de que é mais Real nesse livro é que nessa realidade de Agora se faz necessário nos livrarmos dos vícios capitalistas que estão levando as pessoas e todo o próprio planeta Terra à destruição.
Nessa sequência de ensaios em que reflito sobre a construção de sentido e entendimento de mundo determinando a construção da realidade material, social e ambiental, falo sobre o Capitalismo enquanto ideologia e estrutura de reprodução de ideologia que, recorrendo ao apelo aos sentidos (de modo especial hoje à visão), constrói seus próprios mitos e aprisiona espiritualmente (ou chame como quiser) e por conseqüência, também materialmente, a humanidade em um mundo mediado muito distante do mundo imediato e das questões mais importantes.
Se Marx dizia que a religião é o ópio do povo, hoje a coisa é mais sofisticada e o Capitalismo vem fabricando seu próprio credo, precisando cada vez menos da mediação das religiões alugadas. No entanto, o Sistema que rege a economia e as relações humanas em nosso tempo não abre mão de recorrer à manipulação do sentimento e das tradições religiosas quando essas ferramentas se mostrarem eficazes na conformação das pessoas à realidade imposta pelo Capital.
Abaixo, publico o índice do livro para que os interessados possam saber melhor do que se tratam os artigos.
Com respeito aos fiéis de todas as religiões, também aos devotos do Capitalismo (que é a quase totalidade do globo), não desejando ofender nem ferir os sentimentos religiosos de nenhuma pessoa, desejo boa leitura aos que escolherem dedicar algumas horas da sua vida lendo e aceitando receber o que tenho a compartilhar.
Penso que é tempo de pensarmos sobre esse tempo.
Precisamos mesmo desfazer algumas certezas ilusórias de nossa civilização, romper paradigmas existenciais. Esse E-Livro é a minha marretada de contribuição.
Sim estou falando de política, de economia, de religião e de TV.
Estamos pensando juntos. Compartilhemos.
Abraços.

Leandro Cruz, "Carnaval de 2013"

CAPITALISMO: Religião Global
Leandro Cruz, quaresma de 2013

ÍNDICE

CAPÍTULO I - O DINHEIRO NÃO EXISTE - O sistema econômico se sustenta graças a um complexo sistema de símbolos e cultos. – pág. 6
-Véu de Maya tela plana: Ilusão implacável - pág. 13
- O espelho mágico - pág. 15
CAPÍTULO II - ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU - O pão nosso de cada dia jamais faltava aos brasileiros antes da invenção do Brasil. – pág. 20
CAPÍTULO III - CRISTIANISMO, HOSPEDEIRO DO CULTO CAPITALISTA - O Cristianismo surge num tempo de crise sistêmica material e ideológica do Império. – pág. 23
- A César o que é de César - pág. 25
- Institucionalização e cooptação - pág. 29
- Legado - pág. 31
CAPÍTULO IV - MERCADORES DA FÉ E A REFORMA BURGUESA – Roma treme ante santos e hereges – pág. 34
- Em nome do santo Lucro– pág 37
- Controladores do invisível– pág. 38
CAPÍTULO V - O BISPO DE ROMA NO TABULEIRO DA GUERRA FRIA -Propaganda e espionagem no misterioso jogo do século XX. – pág. 41
CAPÍTULO VI – EM NOME DO PAI... E DA MÃE – A exploração do homem pelo homem nasce da exploração da mulher pelo homem. – pág. 45
- O/A Deus/Deusa dos Israelitas- pág. 48
- A reforma de Josias- pág. 54
- A Mãe sobrevive- pág. 59
- O Dinheiro sim é macho e estuprador- pág. 64
- O Jorge da Globo é o dragão do mundo- pág. 67
CAPÍTULO VII - O DEUS DINHEIRO É DEUS DA VIOLÊNCIA - A liturgia do Estado como ilusionismo fundamental para culto do deus Dinheiro. – pág. 71
CAPÍTULO VIII - O LADRÃO DO TEMPO - Sobreposição e ressignificação de símbolos mudam as festas e o sentido da vida e do universo – pág. 79
CAPÍTULO IX - ATO DE SANTIDADE É PROFANAR OS ALTARES DO USURPADOR – A resposta, meu amigo, está soprando no vento – pág. 90

EXTRAS
AVIÃO DE SEDA E BAMBU:A quem pertence o conhecimento? E o senho de voar, de quem é? Pág 95
O AUTOR Pág 100


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